"Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo". "The limits of my language are the limits of my world "
About Me
- Monique Viana
- Araçagi, PB, Brazil
- Uma mulher fascinada por conhecimento.Amante da vida,dos livros,dos meus,das letras,suas entrelinhas;Autêntica virginiana,Professora de Línguas e Especialista em Língua,Linguagem e Ensino.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Parabéns, filho!!!!
(Ontem foi o niver do meu filho,mas por problemas de conexão com o blog, só hoje consegui postar)
♥ ♥ ♥ Há 13 anos, senti um misto de susto e felicidade sem igual, mas o que será a felicidade senão um momento de êxtase, assustador?! Há 13 anos senti meu coração bater fora do peito pela primeira vez e descobri que pensar só em mim não ti...nha o mesmo significado de antes. Há 13 anos descobri a maior sensação de amor já sentida por uma mulher, um amor imensurável, incondicional,talvez impossível de descrever, porém,fácil de sentir.
Deus acalmou meu coração e me trouxe uma alegria que só ele causa e junto com a vida me presentearam de forma nada convencional, nenhum pouco programada,muito menos esperada no auge dos meus 17 anos...Fui mãe!
O tempo passou... Difícil! Inexperiência,desafios,sustos,renúncias,desencontros,sufoco... No entanto, há 13 anos, a responsabilidade me bateu na cara me fazendo crescer ,ser mulher muito antes do ciclo natural da vida.Educar não é missão fácil! Cresci,sofri,aprendi,vivi,amei,amei,amei... e hoje, 13 anos depois, mãe de um adolescente lindo ,inteligente,cheio de vida,personalidade forte (costumo dizer que sou eu em miniatura e versão masculina)
.Hoje, meu rapaz, aniversaria e minha vida é iluminada porque ele está ao meu lado (dá um trabalho,mas amo tanto) e apesar de saber que criamos os filhos para o mundo, e que cedo ou tarde eles acabam se afastando , sei que meu lugar está guardado em seu coração,sei que dou o meu melhor e se erro é tentando acertar e sei que levará consigo muito amor.Que Deus possa guiá-lo no caminho do bem,do amor,livrando-o das armadilhas da vida, do destino cruel e das pessoas de índole má.Que Deus lhe transforme em um grande pequeno homem.=] ♥ ♥ ♥
PARABÈNS, MÃE!! MINHA MÃE!!
Ao longo desses anos fui convivendo com uma mulher que me despertava diariamente para uma realidade,MUITAS vezes ignorada por mim, mas que me fazia acreditar sempre mais e mais no verdadeiro significado das palavras com determinação e amor.Você foi ao longo desses anos a pessoa que mais me falou verdades e uma das que menos eu ouvi,e diante da minha indiferença ,quando menos eu a ouvia, mais eu errava.Hoje,sendo mãe aprendi a creditar seus conselhos, a confiar na sua intuição, a sentir seu amor imensurável e entre erros e acertos,nos tornamos mais e mais amiga.MÃE é protagonista e na novela que sua vida desenvolve tem capítulos, às vezes ,de fatos dramáticos, outras de exultante euforia.MÃE é humana, seu perdão é divino, seu coração é transcendente.
Hoje é seu aniversário e quero abrir o meu coração e dizer como estou feliz em participar do seu dia especial, quero que a minha alegria transmita a você,meu mais puro e sincero amor e toda a gratidão que tenho pelas coisas que fez durante esses anos,espero estar sempre ao seu lado e poder retribuir cada palavra e gesto de carinho que dedicou a mim.
Mãe,minha mãe de todos os sonhos, de todos as experiências, de todas as necessidades, de todas as missões, de seus filhos, mãe de todos os dias, pois assim como em todas as manhãs temos o Sol nascendo, todos os 365 dias do ano são “Dias das Mães”. Feliz Aniversário!
Que Deus lhe dê muitos anos de vida...
Peço sua benção...sempre!
(Mensagem que vou ler hj na hora do almoço.Será que ela aguenta?rs)
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Congrats Shakespeare!!
Congrats Shakespeare, psicólogo da alma humana!
Dia 23 de Abril comemora-se o aniversário de nascimento de Shakespeare,seu 448 º.Devido a problemas de saúde, não pude escrever na data certa,mas hoje, último dia do seu mês,me bateu uma vontade formigante de Shakespeare ,o qual considero um grande psicólogo da alma humana, insuperável enquanto existir vida no planeta,poeta da minha admiração e paixão desvairada.Escolhi uma passagem da comédia shakespeariana As you like it. uma deliciosa comédia, cheia de tramas, onde a heroína se disfarça de homem e os poemas de amor parecem nascer nas árvores. Um dos seus melhores momentos é a fala do personagem Jacques, na Cena 7 do Ato II, um dos senhores a serviço de um honesto Duque da França, que foi banido dos seus domínios por Roderick, seu irmão mais jovem e usurpador.Fala sobre as “sete idades do homem” e traça um retrato entre trágico e irônico do que é a nossa vida.Eis a passagem traduzida considerada como a mais famosa da comédia em questão.
The seven ages of man
(...)
All the world’s a stage,
And all men the men and women meerely players:
They have their exists and their entrances;
And one man in his time plays many parts,
He acts being seven ages. At first the infant,
Mewling and puking in the nurse’s arms.
Then the whining school-boy, with his satchel
And shining morning face, creeping like snail
Unwillingly to school. And then the lover,
Sighing like furnace, with a woeful ballad
Made to his mistress’ s eyebrow. Then a soldier,
Full of strange oaths, and bearded like the pard,
Jealous in honour, sudden and quick in quarrel,
Seeking the bubble reputation
Even in the cannon’s mouth. And then the justice,
In fair round belly with good capon lined,
With eyes severe and beard of formal cut,
Full of wise saws, and modern instances;
So he plays his part. The sixth age shifts
Into the lean and slipper’d pantaloon,
With spectacles on nose and pouch on side,
His youthful hose, well saved, a world too wide
For his shrunk shank; and his big manly voice,
Turning again toward childish treble, pipes
And whistles in his sound. Last scene of all,
That ends this strange eventuful history,
Is second childishness and mere oblivion,
Sans teeth, sans eyes, sans taste, sans every thing2
(...)
O mundo é um palco,
E todos os homens e mulheres são meros atores:
Têm suas saídas e suas entradas;
No princípio, apenas uma criança
Miando, vomitando nos braços de uma babá.
Depois, vem o escolar, com a sua pasta, reclamando aos gritos,
Com o rosto fresco da manhã, se arrastando qual lesma,
Desgostoso de ir para a escola.
Mais tarde, surge o amante,
Suspirando que nem uma fornalha, compondo tristes baladas
Às sobrancelhas de sua amada.
Tempos depois, vem um soldado
Cheio de estranhos juramentos, peludo como um leopardo
Zeloso de sua honra, pronto e rápido para uma briga,
Na procura de vã notoriedade
Mesmo diante da boca de um canhão.
Passa o tempo. Agora, é a vez dos sentimentos de justiça
Mas de barriga cheia de suculento capão forrada
Com olhar sisudo, barba de corte conservador,
Dono de sábios conselhos e de exemplos atuais:
Dessa forma, cumpre seu papel.
Na sexta idade, se enfia em calças e em chinelas simples
Agora, usa óculos, bolsa de lado;
Num mundo muito vasto, as meias juvenis, bem conservadas,
Não são de mais valia paras para suas pernas agora finas.
Sua voz viril e portentosa
Volta aos sons agudos de criança, agora pia, vira assobio.
Última cena de um desfecho de uma estranha e episódica história:
Volta a ser criança. Vai-se a antiga memória saudável:
Sem dentes, sem visão, sem paladar, sem nada.
Belo poema que trata a passagem da juventude, à maturidade e à velhice, envolve experiências, verdades, reflexões novas, que alteram os nossos valores e a forma como vemos e sentimos a vida.
Penetrar na leitura do teatro shakesperiano, nas suas peças trágicas, nas suas comédias hilariantes, na variabilidade de seus personagens, na sua poesia lírica, é uma oportunidade ímpar para compreender o quanto a criação literária se torna um poderoso instrumento de entender a vida nos seus mais diferentes e complexos aspectos independentemente dos séculos.
John Burguess Wilson3 alude a uma afirmação de um escritor francês que, aliás, não cita, sobre o valor da obra de Shakespeare: ‘Depois de Deus, foi quem mais criou..’ O próprio Burguess Wilson chega a esse juízo consagrador: “Ele [Shakespeare] vale por dez homens.” Para finalizar, eu acrescentaria: vale por dez homens de máximo valor na história da literatura mundial.
Ah, meu caro leitor! Ninguém descreveu com tanta poesia e capacidade de síntese esta vida que levamos. Shakespeare é uma leitura grandiosa, a qualquer estado de espírito, a qualquer necessidade da alma. Sempre haverá uma peça, ou trecho dela, que exprima exatamente aquilo que estamos pensando e às vezes nem compreendemos direito; ou aquilo que queremos dizer mas não sabemos como.
E é por isso que, quatrocentos e quarenta e oito anos depois, estamos repetindo as palavras deste homem que com sua arte, conseguiu levantar o véu que encobre essa matéria sutil: a Alma Humana.
Fontes: http://www.portalentretextos.com.br/colunas/letra-viva/as-sete-idades-do-homem,212,2242.html
http://umaseoutras.com.br/parabens-para-shakespeare-2/
Dia 23 de Abril comemora-se o aniversário de nascimento de Shakespeare,seu 448 º.Devido a problemas de saúde, não pude escrever na data certa,mas hoje, último dia do seu mês,me bateu uma vontade formigante de Shakespeare ,o qual considero um grande psicólogo da alma humana, insuperável enquanto existir vida no planeta,poeta da minha admiração e paixão desvairada.Escolhi uma passagem da comédia shakespeariana As you like it. uma deliciosa comédia, cheia de tramas, onde a heroína se disfarça de homem e os poemas de amor parecem nascer nas árvores. Um dos seus melhores momentos é a fala do personagem Jacques, na Cena 7 do Ato II, um dos senhores a serviço de um honesto Duque da França, que foi banido dos seus domínios por Roderick, seu irmão mais jovem e usurpador.Fala sobre as “sete idades do homem” e traça um retrato entre trágico e irônico do que é a nossa vida.Eis a passagem traduzida considerada como a mais famosa da comédia em questão.
The seven ages of man
(...)
All the world’s a stage,
And all men the men and women meerely players:
They have their exists and their entrances;
And one man in his time plays many parts,
He acts being seven ages. At first the infant,
Mewling and puking in the nurse’s arms.
Then the whining school-boy, with his satchel
And shining morning face, creeping like snail
Unwillingly to school. And then the lover,
Sighing like furnace, with a woeful ballad
Made to his mistress’ s eyebrow. Then a soldier,
Full of strange oaths, and bearded like the pard,
Jealous in honour, sudden and quick in quarrel,
Seeking the bubble reputation
Even in the cannon’s mouth. And then the justice,
In fair round belly with good capon lined,
With eyes severe and beard of formal cut,
Full of wise saws, and modern instances;
So he plays his part. The sixth age shifts
Into the lean and slipper’d pantaloon,
With spectacles on nose and pouch on side,
His youthful hose, well saved, a world too wide
For his shrunk shank; and his big manly voice,
Turning again toward childish treble, pipes
And whistles in his sound. Last scene of all,
That ends this strange eventuful history,
Is second childishness and mere oblivion,
Sans teeth, sans eyes, sans taste, sans every thing2
(...)
O mundo é um palco,
E todos os homens e mulheres são meros atores:
Têm suas saídas e suas entradas;
No princípio, apenas uma criança
Miando, vomitando nos braços de uma babá.
Depois, vem o escolar, com a sua pasta, reclamando aos gritos,
Com o rosto fresco da manhã, se arrastando qual lesma,
Desgostoso de ir para a escola.
Mais tarde, surge o amante,
Suspirando que nem uma fornalha, compondo tristes baladas
Às sobrancelhas de sua amada.
Tempos depois, vem um soldado
Cheio de estranhos juramentos, peludo como um leopardo
Zeloso de sua honra, pronto e rápido para uma briga,
Na procura de vã notoriedade
Mesmo diante da boca de um canhão.
Passa o tempo. Agora, é a vez dos sentimentos de justiça
Mas de barriga cheia de suculento capão forrada
Com olhar sisudo, barba de corte conservador,
Dono de sábios conselhos e de exemplos atuais:
Dessa forma, cumpre seu papel.
Na sexta idade, se enfia em calças e em chinelas simples
Agora, usa óculos, bolsa de lado;
Num mundo muito vasto, as meias juvenis, bem conservadas,
Não são de mais valia paras para suas pernas agora finas.
Sua voz viril e portentosa
Volta aos sons agudos de criança, agora pia, vira assobio.
Última cena de um desfecho de uma estranha e episódica história:
Volta a ser criança. Vai-se a antiga memória saudável:
Sem dentes, sem visão, sem paladar, sem nada.
Belo poema que trata a passagem da juventude, à maturidade e à velhice, envolve experiências, verdades, reflexões novas, que alteram os nossos valores e a forma como vemos e sentimos a vida.
Penetrar na leitura do teatro shakesperiano, nas suas peças trágicas, nas suas comédias hilariantes, na variabilidade de seus personagens, na sua poesia lírica, é uma oportunidade ímpar para compreender o quanto a criação literária se torna um poderoso instrumento de entender a vida nos seus mais diferentes e complexos aspectos independentemente dos séculos.
John Burguess Wilson3 alude a uma afirmação de um escritor francês que, aliás, não cita, sobre o valor da obra de Shakespeare: ‘Depois de Deus, foi quem mais criou..’ O próprio Burguess Wilson chega a esse juízo consagrador: “Ele [Shakespeare] vale por dez homens.” Para finalizar, eu acrescentaria: vale por dez homens de máximo valor na história da literatura mundial.
Ah, meu caro leitor! Ninguém descreveu com tanta poesia e capacidade de síntese esta vida que levamos. Shakespeare é uma leitura grandiosa, a qualquer estado de espírito, a qualquer necessidade da alma. Sempre haverá uma peça, ou trecho dela, que exprima exatamente aquilo que estamos pensando e às vezes nem compreendemos direito; ou aquilo que queremos dizer mas não sabemos como.
E é por isso que, quatrocentos e quarenta e oito anos depois, estamos repetindo as palavras deste homem que com sua arte, conseguiu levantar o véu que encobre essa matéria sutil: a Alma Humana.
Fontes: http://www.portalentretextos.com.br/colunas/letra-viva/as-sete-idades-do-homem,212,2242.html
http://umaseoutras.com.br/parabens-para-shakespeare-2/
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